O príncipe encantado

Primeiro já quero começar com um protesto com relação a juventude desse País, são todos muito sem graça! Ontem, nô ônibos, tinham vários garotos e garotas de 15 anos e todos se esforçavam para se vestir igual e falar igual, parecia uma disputa para ver quem tinha menos personalidade.

Bom, ontem eu resolvi que queria ir pra bares e não noitadas e ai depois de tudo acertado com o Rô, eu ja sai de casa bebendo 3 latinhas de cerveja, o que fez com que eu tivesse de parar em São Conrado para mijar, e tipos, eu já havia mijado na Alvorada e quando cheguei em Ipanema eu já estava me mijando de novo. Se tem uma coisa que me faz querer mijar descontroladamente, essa coisa é cerveja!

Chegando lá o Rô tava acompanhado da amiga-rica-e-independênte da história passada, e nós começamos a andar de um lado pro outro procurando o que fazer, acabamos entrando em um bar próximo de um albergue, porque era barato, a música tava mais ou menos, eu precisava mijar de novo e a amiga do Rô disse que ia pagar as nossas entradas e umas bebidinhas.

O segundo andar da casa estava vazio com uma sacada que dava para a rua, então foi lá que resolvemos ficar bebendo e conversando, até que me sai um garoto do albergue que parecia bonito, então o Rô e eu decidimos puxar conversa com ele e tentar ver o que rolava, eu super achei que ele tava caindo na pilha, mas ai do nada ele foi embora e eu fiquei puto e quando eu olho pra trás, a amiga-rica-e-independente tava num super papo com um cara de dread gatinho que surgiu out of nowhere.

Como o bar não estava preenchendo as minhas necessidades nem as do Rô, nós decidimos sair de lá e deixamos a menina com o garoto de dread e partimos pra Copacabana, a pé, e tava um lixo, então decidimos voltar pra Ipanema e tentar o Galeria Café ( ou algo do tipo, o drink tava super batendo e somado as cervejas, me deixou bem bêbado).

O lugar estava lotado, o que sempre dá boas oportunidades. Depois de um tempo quebrando tudo na pistinha nós fomos ao bar pra comprar mais cerveja e eu decido pegar um dos pacotes de amendoim que estavam sendo oferecidos e ai quando eu volto pra uma rodinha de semi-amigos nossos e passo a oferecer amendoim pra galera o Rô arranca o amendoim da minha mão dizendo que não tem nada mais loser nesse mundo do que oferecer amendoim pras pessoas no meio boate. E meo, ele tem super razão, não é a toa que o Rô ta na minha vida!!!

Bom, a música tava legal e eu estava me divertindo, mas eu sai de casa pra pegação e eu não voltaria pra casa no zero a zero. Olhando em volta e avaliando as minhas opções, eu resolvi chegar em um garoto moreninho de cabelo liso com um casaco amarrado na cintura que dançava próximo de mim. Rolou um leve desenrolo, o que foi legal e a gente ficou, o que foi ainda mais legal.

Nós ficamos pagando de casal all niht long, a conversa fluia bem e ele gostava das minhas piadinhas e eu gostava do beijo dele, fora que já eram 4:30 da manhã e eu não ia ter forças para ficar catando mais alguém na festa.

Porém o melhor da noite foi na volta pra casa do Rô quando convesavamos sobre os ocorridos da noite, o Rô estava on fire, falando as coisas mais engraçadas do mundo e eu ria sem parar:
- Ele é legal né?
- Sim, é sim!
- Mas meo, ele é ator/tarólogo, sei lá, não dá pra sair sério com um fortune teller...
- Amigo, não tô te entendo, ele é bonito e legal, o que vc quer?? Um príncipe encantado, montando num cavalo branco??
- Hahaha tipos isso
- Meo, um príncipe encantado montado num cavalo banco é o Sergio Malandro em "Lua de Cristal"

Sério, quando ele soltou essa, eu quase mijei nas calças de tanto rir, foi a melhor referência do universo!!! E ele tá completamente certo, eu não faço a menor idéia do que eu quero pra minha vida, quem sou eu pra ficar julgando os outros?? Ele é bonito e independente e gosta das minhas piadas, por tanto, se o garoto ligar, eu saio com ele, até porque, consultas grátis de tarô nunca mataram ninguém...