18/02/2010

Sexta de Carnaval

A idéia original era escrever dia após dia de carnaval, as coisas que estavam acontecendo, dando todo um ar de reality show, mas sei lá, eu tinha mais coisas a fazer do que ficar perdendo meu tempo mexendo no PC, coisas como curar ressaca e beber mais. Vou contar separado por dia e ai vocês escolhem se lêem tudo ou não.


[Conteúdo suprimido, por motivos pessoais]

Acabamos saindo de lá só as 6:30 da manhã. Chegamos ao flamengo e resolvemos ir pra praia aplaudir o nascer do sol e Deus, sendo a pessoa bondosa que é, colocou em nosso caminho um gringo lotado de maconha, a merda foi que o garoto tava meio perdido e antes de começarmos a conversar e fumar com ele, ele havia antes perguntado a um cara que montava uma barraca, se era tranqüilo de fumar ali, nisso o cara veio e se sentou com a gente e começou a mandar uns papos meio estranhos do tipo “fui criado no morro”, “fumo maconha direto, todos os dias. A minha tia sabe, a minha mãe sabe, a minha mulher sabe, a minha filha sabe. Geral sabe. Eu me tranco no banheiro fumo tudo mesmo e depois fica lá aquele fedor.” Eu tava vendo a hora do cara roubar a gente, então deixei o Alê conversando com ele enquanto eu me dedicava ao o Will, que tinha 19 anos, era londrino e um gato. Obviamente, comecei a falar sobre skins com ele e ele me disse que havia feito os testes pra série e quase pegou o papel de Freddy, o que o deixou meio ressentido com a série. Teve uma hora que ele tava falando que a série é muito ruim porque fica mostrando os adolescentes se drogando o tempo todo e que essa não era a realidade do país, sendo que ele dizia isso enquanto enrolava outro baseado e eu achei tudo de uma ironia ímpar.

Depois que o segundo baseado acabou o Alexandre resolveu ir pra casa porque ele já não agüentava mais o papo do cara, nisso o cara entrou numa vibe muito louca e ficou perguntando onde morávamos e quanto tempo o Will ia ficar no Brasil e eu todo trabalhado na dublagem em tempo real. Nisso o Will começou a catar a maconha no bolso das calças, achando que tinha perdido. O psicopata resolve dar um mergulho e o Will encontra a pedra dentro do pacote de cigarros e a gente resolve sair fora antes que o cara voltasse dá água.

Mas como todo bom psicopata, ele correu até nós e ficou numas de viramos melhores amigos e irmos pro sambódromo juntos e fumarmos maconha juntos todas as manhãs e ainda me fez anotar o telefone dele. Depois que o cara foi embora eu fiquei conversando um pouco mais com o Will enquanto caminhávamos de volta pra rua, só que ai ele entrou numa neurose muito louca dizendo que amava gatos de rua, aos quais ele chamava de “wild cats, e quis ir mexer em um deles. Só que na hora de se aproximar do gato ele começou a andar em câmera lenta e fazer toda uma cena tensa como se ele estivesse se aproximando de um leão no meio da selva africana e não de um simples gato vira-lata. Foi meio bizarro.

Acabamos nos despedindo sem trocar contatos, o que foi uma pena, porque eu meio que gamei nele. Depois de alguns minutos a maconha começou a bater pesado e além de ficar alucinando ouvir o Will conversar ao longe com o Alexandre, meu estômago roncava com tanta força que parecia que eu tinha engolido o meu celular e alguém tava me ligando. O que eu achei que tinha acontecido de verdade, até ver o meu celular em cima da mesa e me ligar que era só a larica batendo.

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